78ª edição do Festival de Cinema de Veneza realizará painel sobre crise no Afeganistão

A 78ª edição do Festival de Veneza, que acontece entre os dias 1º e 11 de setembro, realizará um painel sobre a crise deflagrada no Afeganistão, com particular atenção à situação dos cineastas e dos artistas afegãos, após a ascensão do Talibã. O debate, primeira iniciativa da Bienal dedicada a estes temas, ocorrerá no próximo sábado (4), às 15h (horário local), na sala de imprensa do Palazzo del Casinò, na costa da cidade da região do Vêneto.
A diretora afegã Sahraa Karimi, a primeira mulher presidente da Afghan Film Organization e autora do recente apelo para conscientizar a mídia, governos e organizações humanitárias mundiais sobre as condições de seu país, está entre os participantes.
O painel será moderado pelo jornalista Giuliano Battiston, que desde 2007 se dedica ao Afeganistão fazendo viagens, pesquisas e ensaios, e contará com a participação da documentarista afegã Sahra Mani e os membros do conselho da ‘Coalizão Internacional para Cineastas em Risco (ICFR), Vanja Kaludjercic (diretora artística do Festival Internacional de Cinema de Rotterdam), Orwa Nyrabia (diretora artística do Festival Internacional de Documentários de Amsterdã), Mike Downey (presidente da European Film Academy) e Matthijs Wouter Knol (diretor executivo da European Film Academy).
O objetivo é discutir a dramática situação de cineastas e artistas afegãos em geral, a necessidade de criação de corredores humanitários e a garantia da concessão do status de refugiados políticos, bem como a preocupação com o futuro e a necessidade de prover alojamentos para os afegãos que chegarem à Europa.
Confira a lista dos filmes que disputam o Leão de Ouro na 78ª edição do Festival de Veneza
Mostra oficial:
– “Madres paralelas”, do espanhol Pedro Almodóvar.
– “Mona Lisa and the Blood Moon”, da americana Ana Lily Amirpour.
– “Un autre monde”, do francês Stéphane Brizé.
– “The Power of the Dog”, da neozelandesa Jane Campion.
– “America Latina”, dos italianos Fabio e Damiano D’Innocenzo.
– “L’événement”, da francesa Audrey Diwan.
– “Competencia oficial”, dos argentinos Gastón Duprat e Mariano Cohn.
– “Il buco”, do italiano Michelangelo Frammartino.
– “Sundown”, do mexicano Michel Franco.
– “Illusions Perdues”, do francês Xavier Giannoli.
– “The Lost Daughter”, da americana Maggie Gyllenhaal.
– “Spencer”, do chileno Pablo Larraín.
– “Freaks out”, do italiano Gabriele Mainetti.
– “Qui rido io”, do italiano Mario Martone.
– “On the Job: The Missing 8”, do filipino Erik Matti.
– “Zeby nie Bylo Sladow” (Leave No Traces), do polonês Jan P. Matuszynski.
– “Kapitan Volkonogov Bezhal”, dos russos Natasha Merkulova y Aleksey Chupov
– “The Card Counter”, do americano Paul Schrader.
– “E’ stata la mano di Dio”, do italiano Paolo Sorrentino.
– “Vidblysk”, do ucraniano Valentyn Vasyanovych.
– “La caja”, do venezuelano Lorenzo Vigas.